Quem sou eu

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17. Decifrar-me? Decifrar-me é para poucos (ou, para nenhum) geralmente sou cifrada. Cifrada até por mim, já que nem o meu excesso de palavras é capaz de me descrever. Antemão, posso dizer que sou o vazio que sobra das partidas e a ansiedade que falta das chegadas.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Chorei até não ter mais lágrimas. Até não ter mais forças. Até dormir.

                                                                        _ Quezia Ramalho
" O ser humano não tem um coração como o meu. O coração humano é uma linha, ao passo que o meu é um círculo, e tenho a capacidade interminável de estar no lugar certo, na hora certa.  A consequência disso é que estou sempre achando seres humanos no que eles têm de melhor e de pior. Vejo sua feiura e sua beleza, e me pergunto como uma mesma coisa pode ser ser as duas. Mas eles têm uma coisa que eu invejo. Que mais não seja, os humanos têm o bom senso de morrer."                                                    _ A menina que roubava livros, Markus Zusak. 



terça-feira, 3 de abril de 2012

Ninguém sai totalmente incólume dessa vida.

                                                          _ Quezia Ramalho, em O jardim de uma flor.
Estou perdida, mais uma vez. Eu não sei mais o que é estar bem. O que é normal. Estou me afogando em devaneios. Estou odiando aquelas pequenezas que eu costumava adorar e a culpa é sua. Me encantaste de um tal modo que todas as outras coisas perderam sua cor. Eu perdi a minha cor. Por favor devolva-me. Devolva o meu jeito de achar graça na vida. Devolva-me a solidão. Eu desaprendi a ser sozinha quando te conheci, mas prefiro ser só do que ser metade.      
                                                                                                 _Quezia Ramalho

Afogada.

Carrego uma porção de nada, sinto uma porção de tudo. 

Nasci para ser lagoa, mas me tornei maré. Dessas que não têm direção, que te puxam e te levam pra longe. Dessas que todo mundo tem medo de entrar. Nasci com a intensidade das ondas Maurício, e a vida não tem sido fácil pra mim. 

_ A vida não é fácil pra ninguém.
(silêncio)

Eu esperava que você fosse apenas mais uma onda calma, ondas que nos tiram para dançar e causam sorrisos. Ondas que passam por mim, não ficam, mas também não causam estragos. Mas você foi tufão. 

_ Eu te causei estragos? 
_ Não, você estragou tudo.
_ E qual a diferença? 
(silêncio)

Eu perdi um pedaço no mar. No mar que sou eu, eu me perdi em mim mesma. Estou me sentindo afogada. Afogada em uma coisa que eu não sei o que é, mas quase parece medo. Acontece, que eu não aguento mais remar e desaprendi a nadar. Essa é a coisa mais triste a se fazer, desistir. Mas eu desisto, não suporto mais ter  apenas um coração e todo o sentimento do mundo

                                                                                          _Quezia Ramalho

quinta-feira, 8 de março de 2012

"A gente mal sabe o que a gente é... Imagina ficar tranquilo com que a gente é, se a gente nem sabe, ou seja, ficar tranquilo por você não saber o que você é no final das contas. Tudo bem, sou assim."
                                                                       _ Mallu Magalhães

terça-feira, 6 de março de 2012

...

“Acho que a saudade faz isso, ela atrasa o relógio. O tempo parece pesado quando sentimos a falta de alguém. O tempo está pesado agora. Tão pesado que parece que não vou aguentar. Mas aguento.” 

                                                                                      _ Quezia Ramalho, em 2 de janeiro. 

sexta-feira, 2 de março de 2012

Madrugada.

De madrugada os medos aparecem,
E a coragem foge,
Por esse mundo a fora.


De madrugada a saudade intensifica,
A dor vivifica,
E a vida vai embora.


De madrugada minhas palavras se repetem,
A dor não se cede,
E um pleonasmo se sucede.


De madrugada eu desejo você perto.
Decerto.


                                                                    _Quezia Ramalho

quinta-feira, 1 de março de 2012

Amelia.



Triste como uma melodia cantada por uma sinfonia
Golpeando um acorde
Ficando aqui procurando cego,
Tropeçamos ao redor para,
Encontrar meu caminho através da sua porta.

Você quer saber por quê?
Você quer saber por quê?

Faminto como fome fogo,
matando para alimentar o desejo.
O que você faz?
Nós nascemos em vaidade, sentimos todos ossos.
Será que estamos sozinhos?

Você sabe por quê?
Porque eu quero saber, porque.

Diga, Amelia
Diga que é verdade,
Pena que a vida é tudo o que fazemos e morremos.

Ah, Amelia

Uma bela melodia cantada por uma sinfonia,
Você está golpeando um acorde.

                                               _Matthew Perryman Jones

...

“Sempre quando escrevo pra você e por você as palavras são vagas, porque o quê eu realmente queria te dizer estão nas páginas apagadas e nas madrugadas silenciosas.”

                                                                                             _ Quezia Ramalho, em Páginas Apagadas.